Despida da Carne
Despir ou não despir-me
da carne desvelar-me
a que preço?
Me recuso a abdicar
de sonhos e desejos
Diz o poeta que somos feitos de sonhos
Despista
sei que me queres despida
Minha carne crua
num banquete platônico
me desejas nua
Penso em seu corpo nú
a saciar-se
em cada gota
amantes unidos
Mas não quero ouvi-lo
apenas senti-lo
e me esquecer
de toda crueldade