Uma amiga do curso de mediação cultural, Eveline Andrade, enviou para a turma o lindo filme de animação nacional "Para Chegar Até a Lua"
Destaco a narração do filme buscando um diálogo com Eve e o grupo:
- Mariel deu a Jaime o seu nome e contou tudo que ele precisava saber. Porém, certos fatos da vida de uma mosca Mariel preferiu não mencionar.
E questionei Eveline se a postura de Mariel foi mediadora ...
Eveline me respondeu atenciosa e sabiamente:
"Acho que independente do que seja dito, nunca é possível dizer tudo. Haverá sempre silêncios. Pq fazemos escolhas. A totalidade é inatingível. Vejo a Mariel como mediadora no sentido de ter aguçado a jornada de Jaime, permitiu que ele seguisse..que ele voasse... Considero essa ação, como uma possibilidade mediadora: criadora de possibilidades, de sentir, de fazeres."
Ana Maria Schultze também contribui com comentário sensível:
"Concordo com Eve. Mariel, a mãe, fez a opção, o recorte de não contar coisas que poderiam LIMITAR a jornada de Jaime... para que contar que o tempo corria e chegaria ao fim?
Ela o deixou livre, abriu a possibilidade dele voar até a lua... que linda mediação! O céu é o limite até onde se pode chegar."